Estudo apresentado no 12º Congresso Nacional da APMVEAC/9º Fecava Congress, Maio-2003
D.Diz Lopes1; F.T. Rodrigues1.
1- Clínica Veterinária Dr. Duarte Diz Lopes, Lda

A prática clínica em animais de companhia, durante mais de 10 anos, na região de Bragança, permitiu-nos diagnosticar e acompanhar a evolução de novos casos de leishmaniose em canídeos, conhecer a sintomatologia mais frequente, estabelecer protocolos de tratamento e efectuar o enquadramento epidemiológico na área da Saúde Animal e Pública. Não obstante a existência de referências bibliográficas à leishmaniose na zona do Alto Douro, desconhecíamos que o ciclo do Phlebotomus ocorresse na região de Bragança. Um número crescente de canídeos infectados, particularmente mais elevado nos últimos 2 anos alertou-nos para a necessidade de um melhor conhecimento desta doença. Em 2001 diagnosticámos 13 novos casos e, em 2002, o número ascendeu a 19 canídeos, contrastando com a média de 3 casos nos anos anteriores.
Avaliámos as temperaturas médias registadas pela Estação Meteorológica de Bragança no período de 1991 a 2002 (quadro 2). Verificámos que existiu um aumento da temperatura média anual ao longo destes 12 anos.
Quadro 2. Temperaturas Médias anuais 1991 / 2002 (Estação Met. Bragança)
No capítulo da Saúde Pública e da informação recolhida junto da Sub-Região de Saúde de
Bragança, não foi notificado qualquer caso de leishmaniose visceral nos últimos 10 anos. Tal como referido por diversos autores a incidência em humanos, mesmo em zonas endémicas é muito baixa, o que não justifica o recurso sistemático à eutanásia de cães infectados.
Consideramos que o aumento do número de novos casos de leishmaniose em canídeos na região de Bragança se deve entre outras causas à maior diversidade de raças susceptíveis e às alterações climatéricas, tendo sido registado um aumento da temperatura média verificada nos últimos 12 anos, mais de 1,5ºC, e também um acréscimo de albufeiras, que terão permitido uma melhor adaptação ambiental do Phlebotomus à região.
Agradecimentos:
Helena Velasco, Bina, Luís Caramelo e Publidigital.
D.Diz Lopes1; F.T. Rodrigues1.
1- Clínica Veterinária Dr. Duarte Diz Lopes, Lda

A prática clínica em animais de companhia, durante mais de 10 anos, na região de Bragança, permitiu-nos diagnosticar e acompanhar a evolução de novos casos de leishmaniose em canídeos, conhecer a sintomatologia mais frequente, estabelecer protocolos de tratamento e efectuar o enquadramento epidemiológico na área da Saúde Animal e Pública. Não obstante a existência de referências bibliográficas à leishmaniose na zona do Alto Douro, desconhecíamos que o ciclo do Phlebotomus ocorresse na região de Bragança. Um número crescente de canídeos infectados, particularmente mais elevado nos últimos 2 anos alertou-nos para a necessidade de um melhor conhecimento desta doença. Em 2001 diagnosticámos 13 novos casos e, em 2002, o número ascendeu a 19 canídeos, contrastando com a média de 3 casos nos anos anteriores.
Apresentamos 19 novos casos clínicos que, sistematizámos em 2002, com quadro de informação que apresentamos em síntese

Quadro 2. Temperaturas Médias anuais 1991 / 2002 (Estação Met. Bragança)


Consideramos que o aumento do número de novos casos de leishmaniose em canídeos na região de Bragança se deve entre outras causas à maior diversidade de raças susceptíveis e às alterações climatéricas, tendo sido registado um aumento da temperatura média verificada nos últimos 12 anos, mais de 1,5ºC, e também um acréscimo de albufeiras, que terão permitido uma melhor adaptação ambiental do Phlebotomus à região.
Agradecimentos:
Helena Velasco, Bina, Luís Caramelo e Publidigital.
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