Poster apresentado no Congresso do Hospital Veterinário Montenegro, Janeiro-2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
domingo, 16 de março de 2008
Babesiose Canina – Estudo Epidemiológico no Nordeste Transmontano 2005/2006
Estudo apresentado no 7º Encontro da Sociedade Portuguesa de Epidemiologia e Medicina Veterinária Preventiva
Peniche, 24 e 25 de Novembro de 2007
Peniche, 24 e 25 de Novembro de 2007
D.Diz Lopes1; F.T. Rodrigues1;
1- Médico Veterinário, Bragança
Numa época em que tanto se fala de doenças emergentes, particularmente as transmitidas por vectores artrópodes, e em que temos vindo a constatar na nossa prática clínica um número crescente de casos de Babesiose e de Leishmaniose, considerámos oportuno começar a recolher de forma sistemática dados clínicos relevantes que ajudassem a conhecer melhor a epidemiologia destas doenças na nossa região.
Pretendemos com este estudo, que assenta somente na nossa experiência clínica e curiosidade científica, contribuir para um melhor conhecimento epidemiológico da Babesiose Canina no Nordeste Transmontano.
Recolhemos os dados de 49 canídeos diagnosticados com Babesiose Canina e confirmados laboratorialmente por esfregaço de sangue periférico corado com Diff-Quick de 1 de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2006.
Do total de canídeos em estudo, 61% tinham aptidão de caça, sendo os podengos a raça mais representativa (53%).
Não obstante a dispersão dos casos pelos Concelhos de influência da Clínica - Bragança, Vinhais e Vimioso - verificou-se um numero elevado (39%) na área envolvente à Serra da Nogueira, uma zona de caça por excelência, com muita vegetação e que possui a maior extensão de carvalho negral, Quercus pyrenaica, do País.
Durante os dois anos em análise não diagnosticámos qualquer caso nos meses de Julho, Agosto e Setembro, sendo os meses em que tivemos um maior número de diagnósticos positivos os de Dezembro e Março, com 7 casos em cada um deles.
Em quatro casos clínicos verificámos que existia uma co-infecção, 2 casos com Erlhichia, 1 com Hepatozoon e outro com Leishmania.
Nem sempre foi possível identificar os ixodídeos vectores, no entanto num dos casos reportados, que contou com a colaboração do Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (CEVDI/INSA), confirmou-se que os ixodídeos eram da espécie Dermacentor reticulatus.
A dispersão na região do Dermacentor reticulatus e, em particular, na área do Parque Natural de Montesinho tinha sido já confirmada num estudo realizado pelo CEVDI/ INSA, em que participámos, que num total de 76 ixodideos recolhidos de Setembro a Novembro de 2004, confirmou que 36 (47%) eram da espécie Dermacentor reticulatus, ocorrendo estes em maior número no mês de Novembro.
Concluímos com este estudo que o período de maior risco para Babesiose Canina no Nordeste Transmontano decorre durante as estações de Outono e Inverno, os canídeos com aptidão de caça são os mais susceptíveis e que o Dermacentor reticulatus poderá ser a espécie de ixodídeo com maior importância na transmissão desta doença.
sábado, 15 de março de 2008
Tumor venéreo transmissível: Resultados de Quimioterapia em 44 canídeos do Distrito de Bragança
Estudo apresentado no 14º Congresso da APMVEAC
Estoril, 20-22 de Maio de 2005
D.Diz Lopes1; F.T. Rodrigues1.
1- Clínica Veterinária Dr. Duarte Diz Lopes, Lda, Bragança
1- Clínica Veterinária Dr. Duarte Diz Lopes, Lda, Bragança
Na prática clínica não tem sido muito referenciada em Portugal a incidência do Tumor Venéreo Transmissível (TVT) em canídeos.
No distrito de Bragança esta patologia pode ainda ser considerada endémica.
A população de canídeos na região é considerável, em 2004 foram vacinados contra a Raiva cerca de 46.000 animais (fonte DRATM).
Existem muitos cães que são utilizados em actos venatórios, habitualmente agrupados em matilhas e em que o controlo reprodutivo é deficiente.
Continua a verificar-se um grande desconhecimento da etiologia e forma de contágio desta patologia por parte dos proprietários e o tratamento cirúrgico é muitas vezes apontado como única solução terapêutica.
Apresentamos 45 casos em que a abordagem terapêutica utilizou exclusivamente a quimioterapia com vincristina, por via endovenosa, na dose de 0,5 mg / m2 .
O tumor Venéreo Transmissível é uma patologia a considerar na prática clínica no distrito de Bragança.
É necessário informar os proprietários, particularmente os que possuem matilhas da forma de contágio desta doença e sensibilizá-los para instituírem programas eficientes de controlo reprodutivo.
A abordagem terapêutica com quimioterapia, utilizando vincristina na dose de 0,5 mg / m2, por via endovenosa, em 3 a 6 sessões semanais, revelou-se eficaz em mais de 90% dos casos, tal como descrito em bibliografia de referência.
Contributo para o estudo epidemiológico da Leishmaniose em Bragança
Estudo apresentado no 12º Congresso Nacional da APMVEAC/9º Fecava Congress, Maio-2003
D.Diz Lopes1; F.T. Rodrigues1.
1- Clínica Veterinária Dr. Duarte Diz Lopes, Lda
A prática clínica em animais de companhia, durante mais de 10 anos, na região de Bragança, permitiu-nos diagnosticar e acompanhar a evolução de novos casos de leishmaniose em canídeos, conhecer a sintomatologia mais frequente, estabelecer protocolos de tratamento e efectuar o enquadramento epidemiológico na área da Saúde Animal e Pública. Não obstante a existência de referências bibliográficas à leishmaniose na zona do Alto Douro, desconhecíamos que o ciclo do Phlebotomus ocorresse na região de Bragança. Um número crescente de canídeos infectados, particularmente mais elevado nos últimos 2 anos alertou-nos para a necessidade de um melhor conhecimento desta doença. Em 2001 diagnosticámos 13 novos casos e, em 2002, o número ascendeu a 19 canídeos, contrastando com a média de 3 casos nos anos anteriores.
Quadro 2. Temperaturas Médias anuais 1991 / 2002 (Estação Met. Bragança) No capítulo da Saúde Pública e da informação recolhida junto da Sub-Região de Saúde de Bragança, não foi notificado qualquer caso de leishmaniose visceral nos últimos 10 anos. Tal como referido por diversos autores a incidência em humanos, mesmo em zonas endémicas é muito baixa, o que não justifica o recurso sistemático à eutanásia de cães infectados.
Consideramos que o aumento do número de novos casos de leishmaniose em canídeos na região de Bragança se deve entre outras causas à maior diversidade de raças susceptíveis e às alterações climatéricas, tendo sido registado um aumento da temperatura média verificada nos últimos 12 anos, mais de 1,5ºC, e também um acréscimo de albufeiras, que terão permitido uma melhor adaptação ambiental do Phlebotomus à região.
Agradecimentos:
Helena Velasco, Bina, Luís Caramelo e Publidigital.
D.Diz Lopes1; F.T. Rodrigues1.
1- Clínica Veterinária Dr. Duarte Diz Lopes, Lda
A prática clínica em animais de companhia, durante mais de 10 anos, na região de Bragança, permitiu-nos diagnosticar e acompanhar a evolução de novos casos de leishmaniose em canídeos, conhecer a sintomatologia mais frequente, estabelecer protocolos de tratamento e efectuar o enquadramento epidemiológico na área da Saúde Animal e Pública. Não obstante a existência de referências bibliográficas à leishmaniose na zona do Alto Douro, desconhecíamos que o ciclo do Phlebotomus ocorresse na região de Bragança. Um número crescente de canídeos infectados, particularmente mais elevado nos últimos 2 anos alertou-nos para a necessidade de um melhor conhecimento desta doença. Em 2001 diagnosticámos 13 novos casos e, em 2002, o número ascendeu a 19 canídeos, contrastando com a média de 3 casos nos anos anteriores.
Apresentamos 19 novos casos clínicos que, sistematizámos em 2002, com quadro de informação que apresentamos em síntese
Avaliámos as temperaturas médias registadas pela Estação Meteorológica de Bragança no período de 1991 a 2002 (quadro 2). Verificámos que existiu um aumento da temperatura média anual ao longo destes 12 anos.Quadro 2. Temperaturas Médias anuais 1991 / 2002 (Estação Met. Bragança) No capítulo da Saúde Pública e da informação recolhida junto da Sub-Região de Saúde de Bragança, não foi notificado qualquer caso de leishmaniose visceral nos últimos 10 anos. Tal como referido por diversos autores a incidência em humanos, mesmo em zonas endémicas é muito baixa, o que não justifica o recurso sistemático à eutanásia de cães infectados.
Consideramos que o aumento do número de novos casos de leishmaniose em canídeos na região de Bragança se deve entre outras causas à maior diversidade de raças susceptíveis e às alterações climatéricas, tendo sido registado um aumento da temperatura média verificada nos últimos 12 anos, mais de 1,5ºC, e também um acréscimo de albufeiras, que terão permitido uma melhor adaptação ambiental do Phlebotomus à região.
Agradecimentos:
Helena Velasco, Bina, Luís Caramelo e Publidigital.
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